Ando mesmo ausente por estes lados mas não se preocupem, ando ocupada a ser feliz!

TRAVEL GUIDE: LISBON | Fundação Calouste Gulbenkian

A última vez que estive na Fundação Calouste Gulbenkian ainda estava no infantário e já queria muito ir lá ver a exposição do Almada Negreiros e assim que a minha parceira húngara disse que o queria visitar até dei pulinhos de excitação! Em suma, Calouste Gulbenkian era um arménio mesmo muito rico e quero era um vasto coleccionador de arte. Este senhor viveu vários anos por cá e  faleceu em Lisboa onde pediu que fosse erguida uma fundação com o seu nome e que seria herdeira da sua fortuna. Neste museu encontra-se toda a sua colecção de peças de arte. Isto para compreenderem do que se trata no fundo este local. Tal como já referi alberga também uma exposição de Almada Negreiros foi logo a primeira parte a que nos dirigimos.



Já tinha apreciado várias obras de Almada Negreiros mas não assim tantas. Na verdade, esta é a maior exposição das suas obras. É um artista contemporâneo e que trabalha sobretudo a grafite, a guache e a óleo. Representa sobretudo pessoas e tem um estilo muito só dele. Gostei principalmente das obras a grafite com linhas sublimes e inquestionáveis mas acima de tudo simples e delicadas que construíam uma complexidade de formas. É um artista de cores e na sua exposição Uma Maneira de Ser Moderno transmite-nos muito. Fiquei fascinada e sobretudo fã!



A seguir dirigimo-nos à colecção permanente que um dia pertenceu a Gulbenkian. É uma colecção enorme com peças da Grécia e da Roma antiga, do Egipto, do Extremo Oriente, do Médio Oriente, Europeia, Islâmica entre outras. Passa desde as estátuas às pinturas (de gigantes como Monet, Manet ou Rosseau), às moedas da época Clássica, a peças decorativas (admito que foi aquilo que menos desinteressou apesar de jamais negar a sua beleza!), loiças, tapeçarias islâmicas, jóias... enfim tanta coisa! É dotado de bonitos pormenores e tenho que dizer que a minha parte favorita foi a parte islâmica, adoro a arte patente nesta cultura!




É um museu para ir com tempo e de cabeça limpa, é bonito e muito rico e se tiverem tempo sugiro que passeem pelos jardins que também tem algumas espécies pouco frequentes aqui por terras lusas (como é o caso de bambus e papiros). Gostei imenso de ambas as exposições e para mim valeu imenso a pena e ainda tive a sorte de ter idade para ser gratuito, como não adorar? 


TRAVEL GUIDE: BUDAPESTE | Galeria Nacional Húngara

A minha parceira húngara está quase a chegar e por isso decidi arrumar o assunto de Budapeste antes de a ter debaixo do mesmo tecto. Esta é a última publicação sobre lugares pelos quais me apaixonei e onde criei memórias inesquecíveis na capital húngara, espero que tenham gostado tanto como eu gostei de visitar, escrever e fotografar! No dia em que me deram oportunidade de escolher onde queria ir fui rápida e disse logo que queria ir à Galeria Nacional Húngara cuja a minha mãe já me tinha recomendado se queria ver arte na cidade.

Não vou por obrigação mas sim por gosto a museus de arte e escolhi este essencialmente por ser somente composto por obras de artistas húngaros. Considero que consigo ver Monet, Leonardo da Vinci, Goya, Miró entre muitos outros - que têm obras expostas no Museu de Belas Artes de Budapeste - em quase toda a parte do mundo e por isso decidi entregar-me à cultura húngara e ir pelos seus artistas já que estes são pouco conhecidos e penso que antes nunca tinha visto ao vivo. Ir à Hungria ver artistas que posso ver em todos os museus? Não, conhecer artistas húngaros, a sua arte e a sua história, era isso que eu queria ver e fazer!

A Galeria Nacional Húngara fica num dos pontos mais altos da cidade no castelo de Buda, o que nos dá uma bonita vista sob a cidade. Esta galeria acolhe peças de arte desde a Idade Média até ao século XX e espanta-nos logo que entramos com um quadro gigantesco. Não sou a melhor pessoa para vos falar de arte húngara mas eles retratavam principalmente episódios do quotidiano e cenários históricos e religiosos. É super interessante porque um país reflecte-se também na sua arte e aquilo que acontece é transposto para telas ou é esculpido em pedra.

Fiquei alegremente surpreendida com a secção do impressionismo que se referia aos pintores húngaros que frequentaram a Escola dos Impressionistas de Barbizon - onde estive no verão e que podem saber mais aqui. Também achei super engraçado as caras que nos aparecem nas notas de quinhentos e de mil forints estarem lá representadas!

Não fui muito informada para lá e deixei que a minha parceira e a sua família me guiassem e me explicassem certos cenários - principalmente os históricos - mas reconheci algumas obras como a Woman Dressed In Polka Dots Robe de József Rippl-Rónai e algumas de campos floridos que julgo já ter visto algures. Saí de lá radiante e bem mais rica pois a arte é o reflexo de um povo, de uma cultura e de um país inteiro. Gostei imenso e este foi um dos meus lugares favoritos em Budapeste.









Momentaneous Wishlist

Já que faço dezasseis anos daqui a dois meses senti por bem compilar todos os meus desejos momentâneos divididos em várias secções: guarda-roupa, gadgets, joelharia, livros e experiências. Esta ideia veio do álbum buy me this que criei no Pinterest e que compila todos os meus desejos mas não necessariamente aquilo que quero que me comprem mas sim aquilo que quero adquirir por mim. São pequenas coisas quero ir conquistando e que são autênticos caprichos! Vamos lá?!

|| GUARDA ROUPA ||


I. As Mom Jeans - Ando doida com esta tendência! Adquiri umas há relativamente pouco tempo mas foi suficiente para me apaixonar pelo design, pelo conforto e pela comodidade e versatilidade! Preciso de umas em todas as cores e feitios e adoro o facto de ficarem tão elegantes mesmo sendo mais largas e de serem tão fáceis de conjugar! Estou também tentada a ir vasculhar no armário da minha mãe, sou sincera!

II. O Casaco de Cabedal - Tenho um em castanho mas sinto que não é tão versátil como o preto - que fica sempre bem em qualquer coordenado! Adoro o corte do da imagem e adoro o facto de serem tão quentinhos. Admiro-os também pela sua textura que contrasta sempre bem com as habituais calças de ganga!

III. O Bikini - Eu não sou de praia e o último bikini que comprei há dois anos está excelente para dar e vender mas um bikini preto completava-me. Adoro estes novos cortes super giros e preto - outra vez -  que fica tão bonito com um bom bronzeado! Este ano quero tentar ir mais à praia e este seria só mais um pequeno incentivo!

IV. Os Old Skool - Pelo design inconfundível e pela versatilidade e confortabilidade - nota-se aqui um certo padrão, heim? - são o meu último desejo a nível de guarda-roupa!

|| GADGETS ||


I. A Mini-Impressora - Porque as fotografias em formato polaroid continuam em alta e porque acho que ficariam a matar na minha parede! Esta liga-se por bluetooth e imprime as fotografias directamente do telemóvel, há imensas marcas diferentes mas este conceito apaixona-me!

II. A Polaroid Snap Touch - Esta foi das últimas novidades da marca Polaroid e é uma máquina fotográfica instantânea com uma particularidade especial, para além do comum de imprimir na hora aquilo que fotografamos, também se liga ao telemóvel e também imprime aquilo que lhe enviamos através de uma app! Fico feliz com qualquer uma mas a azul tem o meu coração!

III. A DSLR - Acredito mesmo que o meu telemóvel tem uma qualidade excelente de fotografia - que é sempre das principais características que procuro num smartphone -  mas por vezes sinto que me limita. Com o telemóvel não consigo ter os planos, as perspectivas ou os focos entre muitas outras coisas que faço com uma DSLR nem sequer com a câmara do telemóvel em modo manual! Pretendo cada vez aprender mais deste assunto que tanto me fascina e evoluir também no equipamento que uso!

|| JOELHARIA ||


Colares são a minha peça de joelharia favorita e que uso todos os dias contrariamente a anéis e pulseiras. Gosto da sua delicadeza e simplicidade e todos os que estão na imagem acima podia perfeitamente fazer parte da minha colecção mas o meu coração bate mais de pressa com o dos continentes, não consigo resistir!

|| LIVROS ||


I. Leia Isto Se Quer Tirar Fotos Incríveis de Henry Carroll - Mais uma vez porque quero evoluir na fotografia e porque me apaixonei pela opinião que a Inês deu em Outubro (que podem ler aqui) este parece ser o livro mais completo para começar a aprender mais e a explorar este ramo que tanto me apaixona!

II. 1001 Painting You Must See Before You Die - Como Amante de pintura que sou este livro que é um autentico calhamaço e que como nos indica o título tem as 1001 pinturas que o autor considera serem as mais relevantes em toda a história da humanidade. Já pude observar algumas - e que gratidão sinto! - mas quero vê-las a todas !

III. Leuchtturm 1917 - O meu bullet journal está quase a acabar e o conceito continua a fazer todo o sentido para mim e por isso necessito de mais um caderno. Os Leuchtturm 1917 são caros mas são o preferido dos utilizadores do bullet journal e sinto que preciso de fazer um upgrade nos cadernos que uso como base para fazer magia. Nunca mais volto a comprar cadernos super baratos já que o preço é equivalente à qualidade e prefiro um que resista a todas as minhas aventuras e a todos os lugares para onde o levo. Preferencialmente gostaria de adquirir o com pontinhos como guias, de capa dura e de se possível o verde-água ou um azul qualquer apesar de também me contentar com as outras cores!

IV. Porque Escolhi Viver de Yeonmi Park - O relato da Inês (aqui) fixou me neste livro que eu sinto que preciso mesmo de ler e pressinto que vai despoletar novos sentimentos em mim. Preciso de conhecer novas realidades e de conhecer casos reais e que estão a acontecer agora, neste preciso momento na Coreia do Norte e em tantos outros locais onde se cometem estas atrocidades, sinto que necessito deste murro no estômago como cidadã do mundo e mulher que me estou a tornar.

|| EXPERIÊNCIAS ||

I. Pintar a óleo - Cada vez busco mais conhecimentos no mundo das artes e o aprender a pintar a óleo seria mais uma conquista! Adoro o tipo de pintura e gosto imenso de apreciar telas a óleo e adoraria trabalhar este material e quem sabe talvez até fazer algumas coisas giras.

II. Conhecer uma mesquita e um templo budista - Templos religiosos são o ex-libris de algumas culturas e após visitar inúmeras igrejas e sinagogas e de conhecer a fundo a religião católica e a judaica sinto que preciso de conhecer a islâmica e a budista antes de avançar para o conhecimento das religiões mais pequeninas. Religião é uma coisa tão abstracta e gosto imenso de conhecer as perspectivas, os costumes e tradições de cada uma, são sempre tão interessantes assim como a arquitectura das mesquitas e dos templos budistas, que riqueza!

III. Experimentar olaria e cerâmica - Esta pequena paixão surgiu há pouco tempo também no Pinterest e actualmente o pottery/ceramics é o meu álbum favorito. É impressionante como podemos criar coisas tão belas com as nossas mãos tanto para uso diário como para decoração e a parte da modelagem como da pintura parecem ser não só extremamente trabalhosas como criativas e divertidas. Cerâmica é algo que quero mesmo muito experimentar!

IV. Fotografias nas paredes - Sempre quis fotografias nas minhas paredes, todas da minha autoria, e a opção das fotografias com aquele tipo de molduras mas cada moldura com uma fotografia de um sítio que já visitei atrai-me imenso, assim como uma parede cheia de polaroids! Para além disso algo que adorava ter na parede do meu quarto com todas as fotografias a fazer aquela pose - se me seguem há algum tempo já a conhecem -  que faço em todo o lado e que tenho umas quantas bem giras! Ainda me estou na decidir mas isto é algo que quero fazer muito em breve!

BOOKS | A Vida nos Tetos do Mundo

Este livro do alpinista João Garcia já estava cá em casa há imenso tempo mas assim que vi a oportunidade de conhecer o autor apressei-me a ler o livro e a conhecer mais da pessoa, do atleta e do ser humano, da sua história e das suas conquistas. A Vida nos Tectos do Mundo anda sempre à volta do número catorze. É uma compilação em forma de celebração devido à subida ao cume das catorze montanhas mais altas do mundo (todas acima dos 8000 metros) e que engloba as catorze pessoas que o ajudaram nesta escalada, na vida, na profissão, catorze competências essenciais ao seu sucesso nos topos do planeta, catorze montanhas que teve de escalar para completar este objetivo, catorze momentos marcantes na carreira e catorze locais pelos mais diversos motivos.

João Garcia narra-nos o quão magnífico foi não só subir às montanhas mas sim sobreviver-lhes. Fala-nos do quão inconstantes são e que nunca se podem assegurar que se vai voltar a descer. Fala-nos do risco associado, do fintar a morte, da pequenês sentida, das situações extremas, da paz e da liberdade. João Garcia refere-se brevemente à subida aos picos mais altos de cada continente mas o essencial são mesmo o grandes catorze. Foram dezassete anos deste objectivo e foi o primeiro português a pisar o cume do Evereste sem recurso a oxigénio artificial (que na modalidade é considerado uma batota sem repercussões) e de como isso lhe deu visibilidade. Foi o cume considerado mais importante mas foi o que lhe deu uma das lições mais duras da vida: a morte de um melhor amigo. Refere-se também ao vazio que nunca voltou a ser preenchido. Esta é das partes mais marcantes do livro. Gostei muito do testemunho do Annapurna que foi o último dos catorze, de como conheceu a mulher, no Kilimanjaro, do médico e amigo que o tratou após às queimaduras do Evereste e da paixão com que fala da cidade de Katmandu e das histórias das bandeiras da oração e do respeito pelas culturas.

João Garcia leva-nos com o seu levantar após cair, jamais desistir, tentar sempre e mostra-nos o quão interessado, consciente e culto é nisto. Usa as montanhas como metáforas para a vida - e eu adorei isso -  evoca a sensação de 360º do planeta e da impossibilidade de ir mais longe. Este livro é o resumo de uma vida inteira de dedicação, são lições e os testemunhos de viver no limite. Quando o conheci fiquei abismada com os conhecimentos de anatomia e de geografia que tinha - obviamente essenciais! Estava completamente na praia dele a falar-nos da sua maior paixão. É uma pessoa extremamente humilde e bem-disposta e que se referiu sempre à motivação ao trabalho, empenho e esforço necessário à conquista de tudo e que há três pilares essenciais a chegar ao topo - seja do que for - paixão, dedicação, humildade. Saí de lá motivada fosse para o que fosse e com vontade de ir mais além. Quando conheci o alpinista foi extremamente simpático e sorridente, sempre de bom humor e a dizer piadas, e referi o quanto era uma inspiração para mim como profissional, atleta, ex-escuteiro e ex-ginasta. Respondeu às nossas questões sempre de maneira muito atenciosa, grata e inteligente, adorei isso!

Uma Vida nos Tetos do Mundo é um livro pequeno de leitura rápida, fácil e pouco enfadonha que nos leva na história da conquista dos catorze cumes mais altos do planeta feitos pelo décimo homem a conquistar este feito numa altura em que mais pessoas tinham ido à Lua do que aos grandiosos catorze. Contém fotografias deslumbrantes, testemunhos brilhantes, alguns de nos apaixonar-mos e outros de partir o coração. Recomendo muito, é verdadeiramente incrível e arrebatador mas motivador e inspirador ao mesmo tempo. 

March'17

Março foi mês de dançar ao som de Divide do Ed Sheeran, de ir ao cinema com os amigos - como prometido assim que anunciaram o filme - de voltar ao horário de verão, que saudades que tinha de sair do treino ainda com luz! Em Março eu acho que decobri o que raio quero fazer com o meu futuro, fiz e recebi testes e neste momento estamos mesmo na reta final do segundo período. Vi os meus amigos partirem para viagens enquanto fico em terra, no entanto não trocava por nada a viagem que fiz em Janeiro pela em que eles estão agora, ajudei amigas a preparar a sua primeira mala de viagem e foi risota total. No terceiro mês do ano voltei a tirar as sweaters mais quentinhas do armário, juntei-me ao Pinterest - onde é que andei este tempo todo?? - comecei a ver uma série nova, conheci um autor de um livro que li recentemente. Este mês voltei às aguarelas e pela primeira vez pintei uma pessoa, fui a um festival de tunas - e foi lindo. Março foi feito da marcação de uma viagem que já queria há muito, celebrei o Dia Internacional das Mulheres. Andei exausta, stressada e mal humorada devido à ultima ronda de testes, defini os meus novos objetivos de poupanças, vi o jogo Portugal contra Hungria a fazer live chatting com os húngaros, terminamos a coreografia e estamos quase quase a começar a época de saraus. Comecei a praticar um novo desporto e os meus treinos foram de levar à exaustão. Em Março fui ver o mar, armei-me em designer e brevemente os logotipos que fiz estarão estampados em sweatshirts. Março foi tanto e aprendi imenso. Não foi de muitos passeios mas foi de dias com os amigos e de muitas gargalhadas. Abril vai ser excelente, estou a senti-lo..!


TRAVEL GUIDE: BUDAPESTE | Citadella

Citadella é o melhor lugar para visualizar Budapeste de alto.  Fica nas montanhas de Buda e foi um lugar que descobri através do Instagram! Mega dica: procurem pela cidade na rede social e pesquisem os locais mais bonitos e guardem-nos, foi assim que descobri Citadella em Budapeste e o Palais Royal em Paris! Dá trabalho mas mostra-nos sítios que raramente vêm nos guias e que são excelente para captar através da lente. Citadella é um espaço aberto num balcão sobre a cidade onde se visualizam as duas partes que o rio divide e as imensas pontes que por este se estendem, Aqui dá para apreciar a sua arquitectura pois são todas tão distintas e complexas! Citadella era uma fortificação de enorme importãncia histórico-miltar na Hungria e um dos pontos altos é mesmo a Estátua da Liberdade que se ergue sobre toda a cidade. De braços no ar e  a segurar uma folha como tributo a todos os que deram a vida pela liberdade e independencia da Hungria e também é uma estátua em sinal de agradecimento ao bloco de leste pela ajuda durante a II Guerra Mundial. Apesar dos  imensos turistas, é um local de paz e de bem estar onde adorava ter ido mais do que uma vez, apreciar as luzes ou ver o nascer ou o pôr do sol. É um lugar super descontraído e adorava tê-lo apreciado de várias maneiras diferentes!