August'16

Custa-me sempre imenso despedir-me de Agosto. Significa que o descanso está quase a terminar, assim como o calor (choramos juntos?) e que já falta pouco para ficar meses e meses de cara nos livros e horas sentada numa cadeira. Agosto é o mês em que não dá para combinar nada porque os amigos estão todos fora. É o mês das feiras, das romarias e dos bailaricos tradicionais. O mês de rever a família e os amigos que procuram uma vida melhor noutro país. Agosto foi os últimos preparativos para Paris e a viagem em si, que amei de coração e que quero muito voltar! Doze dias na cidade das luzes [e arredores] não chegou para conseguir ver tudo. A luz de Paris inspirou-me muito e fez-me querer percorrer cada centímetro da cidade. Dos concertos ao ar livre, a compra de souvenirs, os brindes à família e aos amigos reunidos. Foi um mês de experiências culinárias, de experimentar comida típica de outro país e de outras zonas do nosso. Um mês em que conversei com muitos estranhos nas ruas da capital francesa, em que finalmente pude ler o Harry Potter and The Cursed Child (cuja review já foi publicada!) de ver os Jogos Olímpicos [em francês] e de entrar em guerra com todos os sites que transmitiam o que eu queria ver que nunca davam. Foi o mês em que vi a minha ginasta favorita que costuma ficar em segundo lugar subir ao local mais alto do pódio e isso para mim significou ouro (e para ela também!)! Altura de muitos miminhos de um Spot cheio de saudades e de levar família francesa a Lisboa onde fui uma mini guia turística ao falar de acontecimentos históricos que aconteceram nos sítios onde estávamos. Em Agosto celebrei a medalha da Telma Monteiro e torci por todos os atletas que envergam as nossas cores, recordei Londres e andei em todo o tipo de transportes e mais alguns. Agosto foi vivido com muita paz e muito amor e Setembro espera-me para recomeços, para novas realidades e para a rotina. Volta rápido, Agosto.


TRAVEL GUIDE: BARBIZON | A Escola dos Impressionistas

Barbizon é uma vila a uma hora de Paris que em tempos foi palco de uma revolução artística. Para esta vila vieram vários artistas cansados das ruas e da algazarra da cidade de Paris e decidiram vir para Barbizon, nos arredores de Fontainebleau para pintar a natureza. Nesta vila típica há uma escola de pintura conhecida pelos interessados em arte e que serviu de hospedaria para pintores como o Millet ou o Rosseau. Estes como moeda de troca pela cama onde dormiam, pintavam. Nesta casa coberta de heras podemos ver como era a hospedaria, podemos conhecer o ambiente boémio que se vivia dentro de quatro paredes, ver os objectos que utilizavam, as camas onde dormiam, a cozinha que utilizavam e onde se reuniam para conviver e no andar de cima pudemos observar muitas pinturas dos filhos de Barbizon. Foi nesta terra que foi pintado o quadro Angelus (aqui) do Millet que também representava muito situações do quotidiano e representava alguns camponeses e momentos de trabalho nos campos da França rural. Podemos ver paredes cheias de desenhos e pinturas (que só foram descobertas quando tiraram o papel de parede) e as paletas dos aprendizes de Barbizon. É um local muito giro, muito diferente e muito interessante. Nos dias seguintes em alguns museus de Paris tive a oportunidade de ver quadros inspirados e realizados neste local. Quão incrível é isso?!




Refrigerantes e Canções de Amor

Achei um piadão quando vi o trailer na televisão e  pensei mesmo que tinha que ir ver o filme. E fui. Em duas palavras o filme é ternurento mas muito esquisito. É um filme diferente e estava cheia de curiosidade não fosse o Nuno Markl quem escreveu o enredo. Tem um trailer que chama à atenção por ser esquisito e algo nunca antes visto. É uma história de amor muito incomum produzida pela Fado Filmes e com a participação de Lúcia Moniz, Vitória Guerra, Ivo Canelas, Ruy de Carvalho, Sérgio Godinho, Jorge Palma, João Tempera e outras personalidades.

Refrigerantes e Canções de Amor é a história de um duo musical, o Pedro e o Lucas que se separa e tentam continuar carreiras. Enquanto que Pedro tem uma enorme legião de fãs e muito sucesso, Lucas é um artista falhado que compõe musicas para anúncios de refrigerantes. Pedro ficou com tudo e Lucas com nada. Este entra numa espiral negativa que o leva a procurar o amor da sua vida num supermercado onde começa a fazer carrinhologia que é basicamente analisar e perceber como é a pessoa ao olhar para os itens que trazem no carrinho de compras para tentar engatar mulheres. Este descobre que no supermercado há uma rapariga dentro de um fato de dinossaura cor-de-rosa e apaixona-se cegamente por ela sem saber como é a rapariga de voz doce que está dentro do disfarce. E vê-se doido para a conquistar e para descobrir quem ela é e com a ajuda de um Jorge Palma imaginário arranja maneira de saber como é.

É um filme que arranca umas boas gargalhadas pelas piadas e por ser tão estranho e incomum. Eu gostei mas não é um filme de que toda a gente gosta. Há quem saia do cinema a achar que perdeu tempo a ver esta longa-metragem mas eu não. Achei imensa piada, um filme com músicas bonitas, uma historia de um amor cego por uma dinossaura cor de rosa, a lição de ter em atenção os pequenos detalhes e imensa maluqueira. É um filme um tanto quanto awkward e completamente fora do normal indicado para pessoas bem dispostas que têm uma mente aberta para esta comédia romântica e musical. Uma coisa é certa, preparem o vosso coração! Refrigerantes e Canções de Amor não pretende ser uma obra prima do cinema mas é uma boa aposta no cinema português!


TRAVEL GUIDE : PARIS | A Catedral de Notre Dame

A Catedral de Paris ou a Catedral de Notre Dame também mundialmente conhecida pelo filme "O Corcunda da Notre Dame" da Disney (que eu tratei de rever antes da viagem!) é uma igreja de estilo gótico enorme na qual visitei diferentes partes em diferentes dias. Num dia visitei o interior da igreja e noutro dia subi às torres para ver a cidade de um ângulo diferente e para ver de perto as gárgulas que são um ícone da Notre Dame (não há gárgulas somente em Notre Dame, há também noutras igrejas parisienses!)

A fila para entrar na igreja enche a praça à frente desta mas é sempre à andar. Se vale a pena? Muito. É uma igreja incrível, muito escura, com muitos vitrais, rosáceas e muitos visitantes. É na minha óptica a igreja mais visitada (mas não a mais bonita, hei de falar da igreja mais bonita de Paris durante esta saga de publicações, não se preocupem!) mas não deixa de ser um lugar de silêncio por ser um local de culto. 

Já noutro dia subi às torres que era um dos dois monumentos em Paris que fiz questão de subir. É um dos poucos locais onde é inevitável ter que fazer fila por razões de segurança. Os meus pais tinham o Paris Museum Pass que lhes dava acesso à grande maioria dos monumentos e museus da cidade sem ter que comprar bilhete e com o qual saltavam as chatas filas (podem saber sobre ele aqui vale a pena para pessoas com um bom ritmo de visita, com mais de 25 anos e pode compensar muito no final), excepto nesta catedral. Por isso se desejam subir, mentalizem-se que vai haver fila já que só se sobe em grupos. Depois da espera e de subir a enorme escadaria de pedra em caracol chegamos ao meio das duas torres, mesmo no centro visto de baixo. A vista deslumbrante está garantida e ainda podem entrar na sala dos sinos. Depois sobe-se mais escadas em caracol até ao cimo da torre que está à nossa direita se estivermos em frente à fachada principal) e a vista é ainda mais magnifica e é giríssimo conhecer e identificar os monumentos e alguns museus do alto da torre. Após darmos a volta ao cimo da torre descemos e saímos pelo lado direito da catedral com umas enormes dores de joelhos devido às inúmeras escadas que descemos e subimos mas com um grande sorriso no rosto.

É fenomenal subir e entrar no local que foi pano de fundo das aventuras do Quasimodo e da Esmeralda mas também entrar num local com muita história e muito rico arquitectónicamente. Passar por lá faz parte do básico do básico a fazer numa ida a Paris nem que seja somente para ver a fachada principal. Para mim valeu muito a pena, as dores de joelhos e o tempo à espera!


TRAVEL GUIDE: GIVERNY | A Casa e os Jardins do Monet

Antes de avançarmos para a cidade de Paris em si visitamos alguns locais importantes para compreender e sentir coisas que íamos ver nos dias seguintes. Giverny era um local que eu não conhecia e do qual eu nunca tinha ouvido falar mas era um sítio que estava entalado na garganta da minha mãe que das muitas vezes que fora a paris nunca tinha lá dado um saltinho. Vamos ser sinceros, Giverny já não é Paris. É a cerca de hora e meia da cidade das luzes e já é na Normandia. Apesar de longe foi um dos meus locais preferidos que tive a oportunidade de visitar na minha estadia em França.

O Claude Monet é um dos pintores preferidos da minha mãe e desta vez não deixamos a oportunidade escapar. Tínhamos carro e lá fomos em direcção da pequena vila típica desta região. Desengane-se quem pensa que apesar de ser fora da grande cidade que não havia filas, mentira, meia hora de fila para abrir a pestana e foi dos únicos locais onde paguei para entrar (e cada bilhete é uma pintura diferente do Claude Monet, quão brutal é isto?). E desengane-se quem pensa que aqui não há vigilância, há muito menos que na metrópole mas há também militares armados a vigiar.

Após entrarmos somos logo presenteados com as cores incríveis do jardim e com vista para a grande casa do pintor impressionista. É possível entrar na casa das portadas e das escadas verdes mas só dá para entrar em algumas salas (outras dá para ver sem entrar). A minha parte favorita da casa foi o atelier de pintura que estava cheio de quadros deles e ainda tinha uns sofás incríveis com um padrão giríssimo, uma secretária antiga e uma janela (um facto sobre mim: adoro janelas e quanto maiores forem melhor!).

Depois de vermos na casa os quartos, as salas, a cozinha entre outros fomos para os enormes jardins onde existe um lago que foi pintado dezenas de vezes e que podem ver tal como eu vi no Museu d'Orsay ou no Museu de l'Orangerie em Paris e dos quais vos vou falar brevemente. Claude Monet é famoso pelas pinturas dos nenúfares e da ponte japonesa que tinha no jardim (a pintura mais conhecida é provavelmente esta).  E é tão giro ver o local real de algumas pinturas tão famosas e conhecidas no mundo da arte! A cor verde do jardim é tão incrível e densa e contrasta com o lago e com alguns animais que lá habitam.

Apesar de ter alguma gente não é um local confuso ou barulhento contrariamente é um local calmo e excelente para passar uma manhã ou uma tarde em família para apreciar o habitat natural de um dos pintores impressionistas mais famosos. Giverny é um local nas entranhas de França que vale muito a pena conhecer não só para os amantes de arte como para os amantes de locais bonitos, diferentes e que têm um pouco de história!

Harry Potter and The Cursed Child

Quando há três anos fui quase que obrigada pelo meu irmão a ler o primeiro Harry Potter eu não sabia o que estava para vir. Uma das histórias mais incríveis e bem concebidas com um mundo fantástico, bem criado e muito mágico. Desde então li os livros todos três vezes, coleccionei os que fazem parte deste mundo (já li os Monstros Fantásticos mas é o único que me falta) e até o primeiro em inglês, coleccionei marchendising, li teorias, fui a locais importantes para a história na minha visita a Londres e ao Porto. Fiz quase tudo e como Potterhead que sou eu não podia estar mais entusiasmada para colocar as minhas mãos em cima do novo Harry Potter and The Cursed Child. Fiquei muito triste que em Portugal estava tudo esgotado e ia ter que procurar em Paris. Foi o melhor que fiz, era mais barato e tudo! Adorava ir ver a peça a Londres mas como não é possível tive que me ficar pelo livro o que já não é nada mau! É tão bom ter um livro com o nome Harry Potter na capa que ainda não lemos, com uma história incrível e um a montanha russa de emoções por sentir. Sejamos honestos, este livro é um poço de nostalgia!

Este é o roteiro da peça que está me exibição na capital inglesa o que lhe dá uma certa piada. As didascálias, as partes, as cenas, os actos, os intervalos, a descrição dos cenários, o nome das personagens antes da fala..! É diferente e torna o livro em algo que nunca tinha lido anteriormente. Tem uma capa linda (por debaixo da amarela em papel que também não é feia) é preta e dourada, simples e delicada. Vou somente dar dois pequenos  spoilers (nada muito em concretoque podem ler no final deste texto) porque por muito feliz que esteja, quero muito que vocês leiam esta obra. Tal como faço com os meus amigos quando me pedem para falar sobre a história de Harry Potter, não dá, tens que ler, só assim consegues absorver os pormenores e a genialidade deste mundo. Foi escrito pela nossa J.K. Rowling, pelo John Tiffany e pelo Jack Thorne e tem à volta de 340 páginas. Eu comprei em inglês, o único à venda de momento, e não há data de lançamento para a versão portuguesa mas como não estava a aguentar esperar eu comprei-o na mesma. Não sou pro no inglês mas foi muito fácil de ler e mesmo as palavras mais complicadas chegava lá pelo enredo.

Engane-se quem pensa que pode ler este livro sem ter conhecimento dos outros sete livros. Se não conhecem a história toda não vão compreender metade desta. Há coisas muito importantes dos outros livros em que pegaram para construir este e é importante que se lembrem das aventuras do Harry do Ron e da Hermione. Aqui o trio já tem idade para ter juízo. Com empregos e família para cuidar. Mas as personagens principais são mesmo o filho do Draco Malfoy, o Scorpius (que foi a minha personagem favorita e a quem quero dar um abraço gigante, confesso!) e o filho do meio do Harry e da Ginny, o Albus Severus Potter. É à volta deles que a história se desenrola. Eu não estava à espera de nada em concreto (aguentei-me muito bem a não ir ver spoilers!) e surpreendeu-me muito! A cada página eu dizia "what??" literalmente, a cada folha que passamos vem mais informação, mais conteúdo mais surpresas inesperadas e mais magia!

 Há partes que de certeza que não foram escritas pela Rowling pois a Rowling jamais colocaria alguns pormenores chocantes para os mais atentos no livro e personagens a quem não foi dado o devido valor e a devida atenção. Há muitas coisas que seriam impossíveis no seguimento e no contexto dos sete livros anteriores.

São os dramas familiares, as pessoas que se revelam, os plot twists, os momentos chocantes as surpresas, os parágrafos que nos fazem parar de respirar, um pouco do que é Hogwarts agora, o suspense, os conflitos, os problemas, os dramas, o sempre mencionado poder do amor e da amizade, as partes que nos atingem bem nos sentimentos (como a última fala da página 156 e a primeira da 159 e a página 209. É demasiado para o meu coração, a sério). Eu adorei lê-lo apesar de ter deixado algumas pontas soltas e apesar de conter falhas eu gostei de o ler mesmo que quisesse algo mais, algo ainda melhor. Agora o vazio de não haver mais Harry Potters para ler voltou e é enorme!  Mas é tão bom rever as nossas personagens mais queridas e ficar a conhecer outras pelas quais também nos apaixonamos!  Só vos dou dois mini spoiler: a cicatriz vai voltar a doer depois de imensos anos sem acontecer e vão existir time turners (que confesso que geram na minha cabeça uma certa confusão) e o resto têm que ler para descobrir! Se já leram adorava saber a vossa opinião!



Há um ano estava a passear por Londres, uma das cidades mais incríveis que já tive oportunidade de conhecer. 

TRAVEL GUIDE: PARIS | Palácio de Versalhes

Eu sonhei com o magnifico palácio de Versalhes durante muitos anos. Suspirava por ele nos livros de História e ambicionava entrar no palácio quando via fotografias e vídeos . Foi um sonho que já se apoderava de mim e finalmente consegui riscá-lo dos meus desejos. Comecei aos pulos de entusiasmo e fiquei espantada pela grandiosidade e exuberância do edifício. Eu sabia que o Louis XIV tinha a mania das grandezas mas não assim tanto. É enorme, imponente e com uns portões dourados lindos de morrer.

Este local já é na periferia da capital mas em meia hora chegámos lá. Tirámos o bilhete no dia anterior (foi gratuito para mim) através da internet e por isso achávamos que podíamos entrar logo no grandiosos edifício. Estávamos muito errados. Fomos na descontra já tarde e a realidade fechou a aporta e nós batemos com o nariz: não podíamos passar a fila. Toda a gente que estava na fila já tinha bilhete e nós tivemos somente que ir para o fim e ir andando aos pouquinhos. Valeu-nos uma hora e meia ao Sol (sol tal que os que esperavam até faziam chapéus com os mapas para se protegerem) à espera que a fila ficasse mais curta.

Após sermos revistados finalmente entramos nos aposentos do Rei Sol. Andámos pelas salas com nomes de Deuses, pelos quartos, pelos os enormes salões com tectos lindos (mini confissão: em vez de olhar para o conteúdo das salas eu ficava abismada a olhar para os tectos, são magníficos!). Versalhes prima pelos pormenores estratégicos que fazem sempre a diferença, pelos tons dourados, pelas lareiras gigantes, os quadros, os lustres, as estátuas, a mobília sofisticada e luxuosa, a capela que mais parece uma igreja ou até uma catedral, as escadarias e os enormes jardins. É tudo perfeito, magnifico, um sonho. É tudo lindo mas o que mexeu mais comigo foi mesmo a famosa Galeria dos Espelhos. Um local extremamente sofisticado, com um tecto incrível, lustres enormes e lindos de morrer e os famosos espelhos. É incrível e as emoções de estarmos num local que esperamos muito por ver são indescritíveis.  Não pudemos visitar os Aposentos da Rainha por estar em obras mas é obviamente compreensível! Uma sala que gostei muito foi a sala das Batalhas. Com um tecto alto e quadros que representavam algumas das batalhas que houveram. É o extremo do absolutismo, do poder e da riqueza.

 Infelizmente não pude ir aos jardins já que era dia de haver um espectáculo de luz e som nos jardins de Versalhes e por isso se não pagássemos para assistir ao espectáculo (que era à noite) não podíamos entrar. Já tínhamos coisas combinadas e por isso não deu. Mas deu para ter um pequeno vislumbre das fontes, dos canteiros floridos e coloridos e do quão enormes são os jardins. São muito mais que dez vezes o tamanho do palácio portanto imaginem!

É a magnificência e o luxo que habitam num dos mais famosos palácios do mundo que é considerado Património Mundial da UNESCO e foi uma honra sequer entrar. Ficaram por ver os jardins e bosques, o domínio de Marie Antoinette, o Grand e o Petir Trianon (que ficam do outro lado dos enormes jardins e as salas que não vimos) mas temos sempre que ter razões para voltar, não é verdade? O palácio de Versalhes é o sentido literal da famosa expressão "à grande e à francesa" e valeu totalmente  tempo de espera e os anos de ânsia para lá ir!


Sala das Batalhas

TRAVEL GUIDE: PARIS | Coisas Básicas


E que tal os transportes?
Bem, apanhei um voo da Transavia para Paris no dia quatro de manhã e o voo foi atrasado, com alguma turbulência e talvez para mim o pior defeito, como as hospedeiras são maioritariamente francesas e têm sempre aquele sotaque ao falarem inglês é um pouco complicado de compreender as instruções de segurança até porque o sistema de som também não era o melhor. Foi a primeira  vez em muitos voos que não ouvi na integra as manobras de segurança apesar de já as conhecer (seguidamente li o folheto informativo somente para me relembrar, nunca é demais!). Se fosse nova na arte de voar era muito pior pois não saberia o que fazer em diversas situações de emergência. São muito simpáticos e os preços muito agradáveis. Para cá, vim no dia 16 de madrugada desta vez sem atrasos e o voo passou a voar (interpretem isto das duas maneiras!). Já lá alugámos um carro para podermos ter mais liberdade já que íamos visitar família e amigos, tínhamos que ir comprar comida e íamos visitar sítios fora da capital francesa. Se alugarem um carro em Paris/França tenham muito cuidado porque os franceses são muito imprudentes e brutos a conduzir. Depois para o centro da cidade resolvemos fazer um passe (levem uma fotografia porque é obrigatório) que nos deu acesso aos autocarros, metros e até a um desconto num barco que dá uma volta no Sena. Este fica para vocês no final da viagem, não o têm que devolver já que tem a vossa fotografia e nome nele. Achei o metro muito engraçado pois são todos diferentes, uns mais antigos, uns mais novos, uns com pneus que vão à superfície, outros sem condutor, é super giro e chegar às paragens forradas a mosaicos brancos com o nome da estação a azul e branco é incrível assim como as publicidades (os meus pais explicavam me as que valiam a pena compreender) que caem sobre nós. Normalmente há um intervalo de quatro minutos entre cada metro que passa mas isso pode ser diferente de linha para linha. Se forem capazes aluguem as bicicletas espalhadas pela cidade mas eu não me metia nisso já que andar na estrada lá é um perigo.


E alojamento?
Nós ficamos em casa de familiares. Podíamos fazer as nossas próprias refeições e acima de tudo era uma grande poupança. Há muitos hotéis e há para todos os gostos, procurem (se tiver estação de metro perto é um bónus!), mas neste ponto não vos posso ajudar mesmo.

Sentis-te-te segura em Paris?
Isto é algo muito sério e importante e tive amigos que disseram que era maluca por ir para Paris quando o que não falta são atentados em França. Não ir seria seria limitar a minha liberdade por algo incerto. Eu senti-me extremamente segura em Paris, a sério. Havia militares armados até aos dentes em literalmente todo o lado, até nos bairros da periferia, nas ruas mais estreitas e escuras, eles estavam em todo o lado e davam uma enorme sensação de segurança. Qualquer que fosse o local onde entrássemos (fosse uma loja num centro comercial ou de rua, um museu ou até na zona das praias de Paris) pediam-nos para abrirmos a mala (se não percebem francês quando um segurança se dirigir a vocês abram a mala, eles dão uma vista rápida e podes seguir com a tua visita!) e em alguns locais como no Museu do Louvre passamos num detector e as nossas malas passam numa máquina tal como no aeroporto. A cidade está em alerta atentado e a segurança está no máximo e não podia ser de outra maneira.

Disseram que os franceses não falam inglês e nem sequer se esforçam para tal, é verdade?
Não, que eu tenha visto. Os meus pais falaram sempre em francês mas quando a minha mãe se via à rasca e o inglês a conseguia safar os franceses respondiam em inglês. Assisti a trabalhadores de museus, artistas de rua, o senhor dos crepes, seguranças e empregados de lojas a falar inglês. Não é um drama ir para França e não saber falar francês, mas dar uns toques ajuda!



E a comida é comestível ou nem por isso?
É demasiado comestível. Principalmente o pão! Não há um carrinho de supermercado sem uma baguete e os croissants de uma padaria acabadinhos de sair do forno?! São deliciosos, assim como os chouquettes, os macarons, os queijos, o pain au chocolat e outras coisas como os vinhos e os éclairs (que eu não gosto). Sugiro-vos a comprarem uma baguete e a fazerem o vosso almoço para um piquenique num jardim da cidade e de guloseima irem a uma pastelaria para provarem um pouco da doçaria francesa!

A cidade é limpa?
É uma cidade limpa com muitos caixotes do lixo mas quando se vai mais para a periferia a borda da estrada é a lixeira dos que passam, terrível. 

Como é o tempo por lá?
O tempo lá é bastante instável, dou-vos o exemplo de quando fui à Disney em 2009, um dia lindo e maravilhoso e à tarde houve uma tempestade com uma trovoada assustadora e chuva a cântaros. Este ano só apanhamos uns pinguinhos mas num dia podia estar nublado e frio e no a seguir um sol que não se aguenta. Tenho uma amiga que neste momento está em Paris e que disse que no dia a seguir a deixar a cidade apanhou a chuvada da vida dela. Levem sempre um casaco mais quente mesmo que seja verão e um guarda-chuva/impermeável. Nunca se sabe.



TRAVEL GUIDE: PARIS | É sempre bom voltar

Esta não foi a minha primeira viagem a Paris. Estive lá há sete anos, em 2009 com oito anos. Mas  apesar de ter passeado pela cidade não foi para mim uma verdadeira viagem a Paris. Andei muito pouco na cidade, menos do que gostaria e vi muito pouco. Estive lá pouco tempo e o tempo foi pessimamente aproveitado. Vi os monumentos principais, fui à Disney (que também foi um pequeno desastre, não vi nenhum desfile e a meio da tarde as atracções fecharam todas por culpa da trovoada e da chuva torrencial a meio de Agosto, obrigada São Pedro) e fiquei a vegetar na casa dos meus primos isto depois de já ter passado alguns dias na Bretanha e na Normandia (que é super giro e deviam visitar, super recomendo!) e isto tudo depois de um voo muito atrasado que chegou mesmo muito tarde. Paris foi um sonho mas deixou muito a desejar. Em 2016 tive finalmente a oportunidade de melhorar a imagem que tinha da cidade mais romântica do mundo. Tive imensos dias para ver tudo o que eu quis, para explorar as ruas e para ficar de queixo caído com a arquitectura e com a arte. Fui com duas pessoas que conhecem Paris como se fosse as suas próprias mãos. Os meus pais estiveram umas dez vezes em Paris sem exageros e já viram e reviram (quase) tudo, inclusive, o meu pai é um antigo morador da cidade. É a cidade natal dele e por isso é também um local que faz parte de mim, da minha família e da nossa História. Além disso ambos falam francês fluentemente, o que safa os meus três anos de francês que não dão para compreender mais que o básico. Paris foi regressar às origens, reencontrar os amigos e a família e descobrir locais pelos quais me babo há anos. No ano passado Londres foi uma estreia para todos mas este ano, Paris foi uma repetição. É sempre bom voltar!



Estou de partida! Au revoir!

VIAGENS | What's On My Travel Backpack?!

Este ano decidi ser diferente e não deixar tudo para a última. Este ano comecei a fazer as malas mais cedo, fiz uma lista mais completa, tive mais atenção naquilo que pus dentro da mala, li todas as implicações da companhia aérea e estou quase quase pronta para levntar voo. Querem saber o que levo na minha mochila?


July'16

Julho é sempre o mês do fim da época desportiva. Acabou-se por agora a ginástica e a natação e vemo nos para o ano, escuteiros. Foi um mês calmo mas de muito overthinking, um mês de gelados, de melancia, de saladas fresquinhas para a refeição e de ventoinhas a trabalhar non-stop. Foi um mês em que o desporto nacional esteve em altas o que me deixou tão orgulhosa! Foi um mês da cama para o sofá e do sofá para a cama e de acordar tardíssimo. Em Julho fui à abertura da Nyx, conheci a youtuber Sofiabbeauty, planeei a minha próxima aventura fora do país, e fui a vários sítios. Estive no Algarve, em Serpa, em Sesimbra, na terrinha em Reguengos de Monsaraz e em Monsaraz. Foi de momentos em família e de visitas aos avós. Um mês de céu azul e de temperaturas que iam dando cabo de mim. Em Julho organizei o bullet journal, fui ao cinema, fui ter com os meus amigos, recebi as notas dos exames, matriculei-me como aluna do Ensino Secundário. Treinei muito condição física e neste sétimo mês do ano aprendi que não sei fazer chantilly e que tenho medo de baratas.

Julho foi palco para medos, para sintomas de desidratação, para momentos de risco, para praias secretas, areia nos pés e toalha estendida. Dias de pele à mostra de bebidas frescas e de desfazer malas e voltar a fazê-las. Dias no rio e de matar saudades. De canções incríveis à volta da fogueira e de ficar a olhar as estrelas. No mês que terminou ontem recebi a insígnia de cem noites de campo, ou cem noites numa tenda com direito cerimónia especial. Foi com imenso orgulho que recebi este distintivo ao lado de uma das pessoas mais incríveis que tive oportunidade de conhecer. Julho trouxe-me um pouco de tudo o que posso pedir no verão e não podia estar mais grata por isso.